We few, we happy few, we band of brothers; For he today that sheds his blood with me Shall be my brother
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Ministério da Educação: Sexo, Manuais e Doutrinação!
Nas
últimas semanas saíram duas noticias, aparentemente sem nada em comum, sobre a
educação em Portugal.
No
dia 22 de Novembro o DN anunciava que, na opinião de vários especialistas, não
era ilegal negar manuais escolares gratuitos aos alunos das escolas privadas.
Já no
dia 4 de Dezembro, o mesmo jornal, produziu uma reportagem sobre o
Referencial de Educação para saúde que permite, entre outras coisas, educação
sexual no pré-escolar, carregada de ideologia do género, e introdução ao tema
do aborto no 5º ano de escolaridade.
Estas
duas notícias são claros exemplos daquele que é o maior problema do país: a
Educação.
Portugal
vive numa ficção, que este governo alimenta e acicata, que a Escola se divide
entre pública e privada. De um lado a escola pública, paga pelo Estado,
democrática, para todos, do outro a escola privada, elitista, para os ricos
snobs.
Por
isso, para muitos portugueses, é da mais elementar justiça que só os filhos dos
que andam na escola pública tenham direito a livros grátis, porque os das escolas
privadas recusam esse dever de cidadania que é frequentar a escola que Estado manda.
Ora,
a divisão entre escola pública e privada é falsa. Uma escola que seja
propriedade privada pode prestar (e muitas vezes presta) serviço público.
Qualquer escola que eduque uma criança presta um serviço público. O facto de o
serviço ser feito por privados não o torna menos público. Os correios são um
serviço público e contudo é detido por privados. A mesma coisa com a
electricidade, ou com os transportes públicos (com algumas excepções).
Educar
é um serviço público, mesmo que seja prestado apenas para ganhar dinheiro. Por
isso a divisão é entre escolas do Estado e escolas privadas, pois quer uma quer
outra praticam um serviço público.
Os anos têm
demonstrado que não só os resultados dos privados são melhores, como o custo
por aluno é mais reduzido. Se é mais barato e mais eficiente, porque razão este
Governo tem travado um tão grande guerra contra os privados terem uma maior
participação na Educação?
Evidentemente
que existem várias razões. Algumas de ordem técnica, como por exemplo como
garantir que os privados que detêm uma escola não vão proibir a matricula de alunos com maus resultados escolares ou como evitar que cobrem propina para além daquilo que o Estado paga.
Outras razões são meramente políticas: o monopólio da educação pelo Estado
garante mais emprego para os professores.
Mas a
grande razão não é nenhumas das acima descritas. A verdadeira razão é que a
escola estatal não serve para ensinar as crianças a ler e escrever, parafraseando
Clemenceau, mas para formar bons republicanos.
O
Estado não abdica do monopólio da educação, não para o bem das crianças, não
porque este seja o sistema mais eficaz para garantir uma educação melhor para
todos, mas porque não abdica de doutrinar as crianças.
E
isto torna-se evidente na segunda notícia de que falei. Só num país onde a
educação escolar é monopólio do Estado, onde os pais não são tidos nem achados,
onde os programas são decididos numa qualquer capelinha da 5 de Outubro é que
seria possível um programa de educação sexual que impõe a crianças pequenas
assuntos como a ideologia de género e o aborto.
É
evidente que as proposta para o Referencial de Educação para a saúde não tem
por fim a educação escolar das crianças, mas sim a sua doutrinação nas teorias
dos autores da proposta sobre a sexualidade. Não existe nenhum objectivo
educativo, apenas a mais pura doutrinação.
Há
anos que em Portugal temos assistido a um avançar, aparentemente implacável,
das chamadas medidas fracturantes. E em cada uma delas os católicos, e não só,
tem lutado bravamente e sido derrotados. E continuaremos a ser, porque vamos
para a batalha tarde demais. Quando lá chegamos já estamos em total
desvantagem.
Porque
a grande batalha é a batalha da educação. É a batalha pela liberdade dos pais
poderem educar os seus filhos como lhe parece melhor e não segundo a vontade dos
mandarins do Ministério da Educação.
Enquanto
não fizermos da Educação, e sobretudo da liberdade de educar, uma das nossas
prioridade políticas, continuaremos a tentar apanhar chuva com baldes, em vez
de arranjarmos o telhado! Inevitavelmente a casa inunda!
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