Em
democracia todos os Homens são iguais em Direitos e Dignidade. E ao Estado cabe
zelar porque esses direitos e essa dignidade sejam respeitados. Por isso um
Estado democrático não pode admitir que alguém seja discriminado pela suas
preferências sexuais ou pelos seus comportamentos (partindo evidentemente da
premissa que são entre adultos e consensuais).
Ao
Estado só deve importar os factos que têm relevância social. Por isso se
interessa pela união estável entre homem e mulher com o fim de constituir família,
mas já não se preocupa com duas irmãs que criam um sobrinho órfão ou uma
"afilhada". Por isso se interessa pelo destino das crianças que por
alguma razão ficaram privadas de família. Nada disto tem qualquer relação com
afectos ou preferências sexuais, é o simples regular de situações que tem
relevo para a sociedade.
Infelizmente
os grupos LGBT pretendem impor uma visão
diferente do Estado. Um Estado que regula afectos, que sobrepõe o interesse dos
adultos que querem adoptar ao das crianças. Um Estado que use a escola pública
para doutrinar sobre a sua visão da sexualidade. Um Estado que se sobrepõem aos
pais dos menores quando estes querem mudar de sexo. Um Estado que sobrepõe a
ideologia à ciência ao permitir mudanças de sexo sem parecer médico ou que não
permite aos médicos tratar crianças intersexo.
A
bandeira do arco-iris não é por isso símbolo de respeito e inclusão, é simbolos
de movimentos que pretendem impor a sua ideologia a toda a sociedade. É símbolo
de Isabel Moreira quando chama homofóbico a quem discorda do casamento entre
pessoas do mesmo sexo. De Mariana Mortágua e Daniel Oliveira quando pretendem
silenciar um deputado que se insurge contra palestra por grupo LGTBI a crianças
de 11 anos. De Paulo Corte Real e da ILGA que perseguem Ricardo Araújo Pereira
por dizer uma piada sobre "maricas". É símbolo por isso da repressão
e do pensamento único da esquerda.
Ser
da direita descomplexada é saber precisamente distinguir entre o respeito pelas
preferências e as escolhas das pessoas e grupos ideológicos totalitários. É
respeitar dois homens que vivem juntos e adoptaram uma criança (mesmo
discordando do seu comportamento) mas não ceder diante de quem quer impor a
toda sociedade que é igual ter pai e mãe ou ter dois pais. A Direita
descomplexada respeita as pessoas, mas não tem medo de afirmar as suas ideias.
Evidemente
que este texto surgiu por causa do disparate das passadeiras com arco-íris
sugeridas pelos eleitos do CDS em Arroios. O assunto tem a importância que tem:
são dois eleitos numa freguesia. Mas serve para reflexão. Serve para nos
lembrar que o CDS sempre distinguiu o respeito pelas pessoas concretas de
grupos ideológicos totalitários. Como aliás se pode ver na carta de princípios:
"O homem é explorado, a qualquer nível, quando é sujeito ao exercício
tirânico da autoridade ou a imposições abusivas de minorias activistas". É
bom por isso que os eleitos do CDS de Arroios, assim como todos aqueles que
rapidamente vieram em seu socorro diante do seus disparate, não se confundam:
aquilo que foi aprovado em Arroios não foi o respeito pelo outro, foi a
exaltação de uma ideologia com pretensões tão totalitárias como a daqueles que
apedrejaram o Palácio de Cristal.
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