Amigos,
Estamos de
volta a esta praça. Somos muitos mais uma vez! E não é de espantar porque nós
prometemos que viríamos aqui as vezes necessárias para travar esta lei iníqua:
dissemo-lo logo na Caminhada pela Vida de 2016! E na de 2017, na grande manifestação
em Maio de 2018 e depois novamente em Outubro desse ano. E ainda há quatro
meses aqui estivemos a lutar contra esta lei! E aqui estamos outra vez e aqui
voltaremos as vezes que forem precisas até que os deputados percebam que há um
povo que rejeita a falsa piedade da injecção letal, a falsa misericórdia da
morte a pedido! Um povo que quer uma sociedade que ama, que acompanha. Um povo
que quer uma sociedade que não mata, que quer uma sociedadade que cuida!
Infelizmente
alguns deputados recusam-se ouvir. Não ouvem o povo porque dizem que é um
assunto complexo, que é preciso ouvir os especialistas mas que depois também
não ouvem os especialistas: a Ordem dos Advogados tem dúvidas, o Conselho
Superior de Magistratura tem dúvidas, a Ordem dos Médicos é contra, a Ordem dos
Enfermeiro é contra, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida é
contra! Mas mesmo assim insistem e ainda acusam os que pedem o referendo de
fazer jogos políticos.
Não, o
referendo não é um jogo político. Jogo político é recusar ouvir os
especialistas. Jogo político é perder uma votação e nem passados dois anos
repetir a votação. Jogo político é não debater o assunto em campanha e depois,
na primeira oportunidade, propor a legalização da morte a pedido no parlamento!
O referendo
não é um jogo político! O referendo é a última linha de defesa contra esta lei
injusta! A última linha de defesa contra
a tirania dos deputados que se recusam a ouvir os especialistas, que se recusam
a ouvir a sociedade. A ultima linha de defesa contra os deputados que se julgam
acima da Constituição e dos Direitos fundamentais.
Não pedimos
o referende porque achamos que é preciso muito debate e consenso. Pedimos o
referendo porque os deputados não nos deixaram nenhuma outra opção para
defender a Vida!
E para isso
estamos a recolher assinaturas. Eu bem sei que muitos dizem que não vale a
pena. Que alguns tentam passar a ideia de que isto é deste ou daquele partido,
ou uma coisa da Igreja. Meus amigos a mentira e a manipulação são a arma típica
dos tiranos, é a arma de quem teme o povo! Eles vão fazer o que poderem para
nos travar, a nós cabe-nos fazer o que devemos para travar esta lei.
Hoje não é
o fim, hoje é o princípio deste processo legislativo. E nós vamos continuar a
lutar. Vamos continuar a recolher assinaturas em casa, no trabalho, na rua, na
Universidade, na nossa comunidade, e sim, também à porta das Igrejas. Eu bem
sei que não é suposto falar de Igrejas, mas a verdade é que da última vez que
li a Constituição não vi lá que um cristão tinha menos direitos políticos ou
que uma assinatura à porta de uma Igreja valia menos do que uma assinatura à
porta da sede do Bloco!
E depois
havemos de cá voltar, com dezenas e dezenas de milhares de assinaturas! E aí
veremos. Veremos se tem a coragem de silenciar o povo. Porque meu amigos, se é
verdade que há deputados que querem fazer da Casa da Democracia a Casa da
Morte, nós faremos desta praça a Praça da Vida!
Amigos,
não sabemos como isto vai acabar. Era mais fácil vir aqui dizer que vamos
ganhar, mas a verdade é que não sabemos. Mas como pude dizer aqui mesmo em
Outubro: Só os cobardes exigem no
início da batalha o cálculo das probabilidades da vitória. Os fortes e os
constantes não pensam em perguntar com que dureza ou por quanto tempo, mas sim
como e onde têm que
combater. Continuemos por isso
a combater pela defesa da Vida, contra a cultura da morte e do descarte!
Continuemos a lutar por uma sociedade onde toda a Vida têm dignidade! Viva a
Vida!
Que
Deus vos guarde e que Deus guarde Portugal!
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