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quinta-feira, 4 de abril de 2019

A Esquerda e o ódio à Liberdade de Educação





No principio de Março uma escola pública do Barreiro promoveu uma visita de estudo, no âmbito da disciplina de Educação para a Cidadania, que consistia numa palestra de dois jovens activista LGBTI  a crianças de 11 anos.

Esta “visita de estudo” levou muitas pessoas a manifestar o seu desagrado nas redes sociais, incluindo o deputado do PSD Bruno Vitorino. Rapidamente a esquerda contra-atacou. Mariana Mortágua e o Bloco fizeram queixa de Bruno Vitorino à CIG. Daniel Oliveira apelidou o deputado de cretino, comparou-o a racistas e disse que só tinha dito o que disse porque tinha imunidade parlamentar. Fernanda Câncio, Isabel Moreira e amigos dispararam acusações de homofobia e descriminação em todas as direcções.

No fim de Março um colégio privado promoveu um conjunto de debates com os alunos do secundário, orientados por professores. Segundo o colégio os temas tinham sido propostos pelos alunos e eram propositadamente polémicos para obrigar os alunos a pensar.  Entre os temas propostos estavam “O votos dos ricos deve valer mais” ou “a homossexualidade é genética”. As mesmas pessoas que atacaram Bruno Vitorino, uniram-se mais uma vez para atacar o dito colégio, que foi acusado de promover uma lavagem cerebral aos jovens. De tal maneira que os temas foram mudados.

Estes dois acontecimentos demonstram três factos
:
1.      A esquerda, sobretudo a esquerda cultural, não lida bem com a diferença. Para eles a sua opinião é a única válida e quem não pensa como eles está fora da civilização e deve ser punido e silenciado. Nos temas fracturantes a esquerda é completamente dogmática, deixando sempre claro que quem não concorda com eles é um potencial ditador fascista, com quem não pode haver diálogo.


2.     Para a esquerda a escola é um espaço de doutrinação onde as crianças são retiradas à influência da família para poderem ser devidamente catequizadas. Por isso não suportam qualquer modelo de escola que não a escola do Estado. Para a esquerda a possibilidade de os pais escolherem a escola dos filhos, a possibilidade dos pais poderem interferir na escola dos filhos é uma ameaça ao desenvolvimento da sociedade tal como eles a concebem. A escola privada é por isso uma anátema para Fernanda Câncio, Isabel Moreira e companheiros. Para eles só pode existir a escola do Estado, fortemente controlada para manter a pureza ideológica dos novíssimos direitos.
  
.     3. Para a esquerda o papel da Escola não é ajudar as crianças a desenvolver capacidades e conhecimentos para conhecer a realidade, mas sim doutrinar as crianças para que olhem para a realidade segundo a ideologia do Ministério da Educação. Por isso apoiam com unhas e dentes uma formação sobre sexualidade para crianças de 11 anos com a mesma força com que combatem um debate sobre temas da actualidade para jovens dos 15 aos 18. Para a esquerda a escola não serve para abrir horizontes, as crianças não devem pensar ou ser dotadas de instrumentos para adquirir opiniões próprias. A escola serve para formatar bons cidadãos. Por isso tantos lhes faz a exigência académica, os exames, ou qualquer outra ninharia que desenvolva o intelecto dos estudantes. O único interesse real é que as crianças se mantenham tanto tempo quanto possível à guarda dos ideólogos do ME.

Estes casos só vem provar mais uma vez que a grande luta no nosso tempo é a luta pela liberdade de educar os nossos filhos. As questões fracturantes, mais do que uma luta política, são uma luta cultural e educativa. E a esquerda sabe isso melhor que ninguém. Por isso luta para garantir que não haja espaço na educação para quem deles discorda. Lutar pela liberdade de educação é cada vez mais urgente.



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