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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Porquê votar no CDS?



Dia 6 de Outubro é dia de eleições legislativas. Pela primeira vez serei candidato ao Parlamento. Vou em 44 da lista do CDS/PP em Lisboa, pelo que a minha participação nestas eleições trata-se apenas de um sinal de apoio ao meu partido, que considero ser a melhor opção para Portugal.

As próximas eleições serão dramáticas para o país. Os últimos anos e as sondagens demonstram uma política onde a mentalidade socialista cada vez mais domina. Por mentalidade socialista entenda-se uma concepção da sociedade onde o Estado é o centro e a quem cabe moldar a realidade. Seja na economia, seja na educação, até na biologia. A actual mentalidade socialista não se limita a defender a estatização da economia ou dos serviços, vai tão longe como desejar dar ao Estado o poder de decidir onde começa e onde acaba a Vida, de se imiscuir na sexualidade de cada um e até mesmo no cada pessoa come e bebe.

Infelizmente esta mentalidade tem cada vez mais força na política. Não só domina completamente os partidos de esquerda, mas começa também a ser cada vez mais dominante no próprio PSD.

Por isso é essencial que cada um que defende uma política com o Homem no centro, que dia 6 de Outubro vença qualquer preguiça ou desencanto e vá votar. E parece-me claro que a alternativa ao socialismo em Portugal, o partido que de facto defende uma política centrada nas pessoas, é o CDS.
Antes de mais, é sempre bom relembrar que o CDS integrou o governo de salvação nacional que liderou o país durante a terrível crise a que o Partido Socialista nos entregou. O governo de que o CDS fez parte recebeu em mãos um país falido, entregue por José Sócrates à troika e passados quatro anos entregou um país recuperado e em crescimento. E ao contrário de Rui Rio, o CDS não só não renega esse passado, como o assume com orgulho. 

Também não é demais lembrar o trabalho do CDS nos últimos quatro anos. Foi sempre oposição à gerigonça, sendo que depois da saída de Passos Coelho, se tornou a única oposição. Nos últimos quatro anos o CDS denunciou sempre o caminho deste governo: a manipulação e a mentira diante de um país com serviços cada vez mais arruinados, com a economia a crescer muito abaixo do que devia e uma política feita à medida dos interesses eleitorais do Partido Socialista. Para além disso o CDS foi, mais uma vez, muitas vezes solitariamente, a voz que defendeu os interesses das pessoas sobre a ideologia do Estado. É justo relembrar o trabalho de Isabel Neto contra a eutanásia e na defesa dos cuidados paliativos, da Ana Rita Bessa na defesa da liberdade de educação, da Cecília Meireles na luta pela transparência nos negócios do Estado, a voz de Patricia Fonseca em favor do mundo rural e das nossas tradições. O CDS propôs a criminalização do abandono de idosos, a defesa dos direitos em fim de vida, o estatuto do cuidador informal, defendeu a redução do IRC. Foi o CDS que liderou o pedido de supervisão de constitucionalidade das barrigas de aluguer mais tarde declarada pelo Tribunal Constitucional e dos 18 deputados do CDS quinze assinaram o pedido de supervisão da lei de identidade de género.

Para além disso vale a pena votar CDS pelos candidatos que apresenta nesta eleição. Em Lisboa, para além das deputas já citadas, vale a pena votar em João Gonçalves Pereira e no Diogo Moura, que para além do seu extraordinário trabalho em Lisboa, têm apoiado e dado força aqueles que lutam pela defesa da Vida e da Família. Vale a pena votar na Raquel Abecasis em Leiria, no Filipe Anacoreta Correia em Viana do Castelo, no Francisco Rodrigues dos Santos no Porto: todos eles têm sido vozes públicas na defesa da Vida, da Família, da Liberdade de Educação e de um verdadeiro Estado Social.

Vale também a pena fazer um exercício que em geral pouco gostamos: o de ler o programa do CDS. É útil para perceber a diferença clara entre a visão do CDS para a sociedade e a da esquerda. O CDS defende um Estado ao serviço das pessoas, um verdadeiro Estado Social, que aposta na cooperação com a sociedade. Que tem como fim, não o Estado em si mesmo, mas o garantir a dignidade e os direitos de todos. Por isso defende a liberdade de escolha da escola, cooperação entre o SNS e o sector privado e cooperativo, apoiar as famílias alargando a licença de paternidade assim como a rede de creches, menos impostos para que as famílias possam dispor dos seus rendimentos da forma que preferirem, defende que o direito à habitação não se faz à custa dos privados, mas colocando o património do Estado no mercado, a desburocratização, a defesa do interior com um estatuto fiscal adequado, limitar o poder inquisitorial da Autoridade Tributária. Resumindo: um Estado que não seja um obstáculo às pessoas, mas uma ajuda.

Por tudo isto votarei CDS no dia 6 de Outubro. Se com isto quer dizer que nada há a criticar? Claro que sim. E haverá sempre em qualquer partido. Mas no dia das eleições não vamos votar nos candidatos perfeitos que existem na nossa cabeça, mas sim naqueles que se apresentam às urnas. E de entre esses para mim a escolha é claramente o CDS.

P.S.: Não sendo cego nem surdo, bem sei as criticas que têm sido feitas ao CDS neste últimos anos. Também sei que boa parte desses críticos perdeu mais tempo a dizer mal de Assunção Cristas do que a combater a eutanásia ou as barrigas de aluguer. Gosto pouco de lições de moral da parte de quem só sabe dizer mal, sem de facto estar disponível para lutar por algo mais do que um lugar na ribalta.

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