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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Os animalistas: mentirosos e extremistas.



Foi discutido recentemente na Assembleia da República uma petição promovida pelos animalistas a pedir o fim de todos os apoios públicos às corridas de toiros. O debate no Parlamento gerou grande parangonas nos jornais, sobre a posição do PS, PSD, CDS, PC e Chega contra esta petição.


Antes de mais, num país onde toda a actividade cultural é fortemente subsidiada não há qualquer razão para que os espectáculos tauromáquicos não o sejam. Pode-se discutir se as touradas devem ou não ser legais. Mas a verdade é que são. E sendo são uma actividade cultural, tutelada pelo Ministério da Cultura. Ora o Estado não pode discriminar a cultura conforme o gosto do tutelar do Ministério. A Ministra pode não gostar de touradas, tal como eu não gosto de dança contemporânea. Mas a minha opino sobre a dança contemporânea tem tanta relevância para os apoios que o Estado concede como a opinião da senhora ministra.


Isto é evidentemente o ponto central sobre o tema do apoio público às corridas de toiros: o Estado tem que ser neutro sobre a cultura. Os apoios à cultura não podem depender do gosto, nem da Ministra, nem de minorias ruidosas que conhece a vida rural via desenhos animais da Disney e das férias num qualquer turismo rural. Não é digno de uma democracia ter um Estado que dirige a actividade cultural conforme as vontades do governo. Isso é o que acontece nas ditaduras.


Mas o problema deste debate é que é um falso debate. E é falso, porque de facto as toiradas não recebem apoio público. Da Ajuda não sai um tostão para a festa brava. Os espectáculos de toiros em Portugal são uma actividade auto-sustentável. E para além disso, em crescimento. De facto o único espectáculo público em Portugal com mais espectadores do que os toiros é o futebol.


O único dinheiro público que se pode considerar como apoio às corridas de toiros é o que é gasto pelas autarquias em festa populares onde os toiros fazem parte da atracção. Mas este apoio é mais do que compensado pelo espectadores que as corridas de toiros arrastam para as festas populares em tanta aldeias por este país fora. Em muito destes casos retirar o apoio às touradas, garraiadas ou largadas de toiros causariam bastante mais dano às autarquias que ao mundo da tauromaquia, uma vez que o fim destes espectáculos ditaria o fim das festas populares.


Por isso a petição levada ao Parlamento é baseada numa falsa questão, uma mentira repetida à exaustão pelos animalistas, de que as corridas de toiros em Portugal são apoiadas pelo Estado. Ao contrário de tantas actividades culturais que reúnem tantas pessoas como os deputados do PAN, os espectáculos tauromáquicos não vivem à custa do Estado. Existem devido aos espectadores que cativa e sobretudo devido aos aficionados da festa brava, que não desistem daquilo que Eça Queiróz apelidava “a última escola de força, de coragem e de destreza do país.”


Eu bem sei que os animalistas, que em geral têm por companhia os gatos que não conseguem fugir deles, e os amigos virtuais das redes sociais, não conseguem suportar a ideia de que existe um país real fora do subúrbio onde vivem amando os animais que desconhecem, não suportam a ideia de um país real onde a maioria ainda gosta de ver uma corrida de toiros. Não acreditam que a opinião dos activistas do teclado não reflicta a da maioria dos portugueses. Mas a verdade é que a única coisa que a festa brava precisa do Estado é que não estorve. Do resto trata o povo que enche as praças de toiros de norte a sul do país (e ilhas!).


Esta petição é só mais uma, das já largas provas, da desonestidade e do extremismos daqueles que acham que há mais caracteristicas humanas num chimpanzé do que numa pessoa em coma, ou que comparam o Campo Pequeno a um campo de concentração. Seria cómico se não fosse perigoso. Porque a verdade é que há hoje um partido com assento parlamentar para quem tudo vale para impor a sua vontade sobre a nossa história, a nossa cultura e a maioria dos portugueses. Começa a ser tempo de deixar de rir deles e começar a expor o que realmente são: pequeno ditadores sociopatas que procuram impor-se a sua ideologia extremista ao país.


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