Que bom que é voltar a ter Papa, seja ele quem for.
Não sei mais sobre Leão XIV do que aquilo que ontem se foi dizendo nas televisões e na internet, mas estou muito feliz por voltarmos a ter um Papa. Acho imensa graça a esta necessidade moderna de tentar adivinhar todo um pontificado com base em pouco mais do que uma página da Wikipédia e alguns tweets. Felizmente, como não tenho qualquer obrigação de ocupar um espaço de comentário, abstenho-me dessa triste figura de fingir ser especialista sobre um homem de quem, até ontem, só sabia o nome.
Mas gostei muito do nome que escolheu. Gostei porque, nestes tempos tão ideologicamente marcados, a evocação de Leão XIII — o Papa que, às ideologias liberais e marxistas, opôs uma doutrina baseada na Fé — me parece muito feliz. Também hoje, recordar a dignidade humana perante ideologias desumanizantes, tanto à esquerda como à direita, é essencial. Gosto também porque, como ontem me lembrava um caro amigo, remete para São Leão Magno, o Papa que enfrentou o flagelo de Deus, Átila, o Huno, e o fez retirar-se de Itália. Também hoje os bárbaros, vindos de várias origens, estão às portas de Roma, e esperamos que Leão XIV tenha o mesmo sucesso que o seu santo predecessor.
Gostei muito também das palavras do Santo Padre. A forma clara como anunciou Cristo Ressuscitado como fonte da verdadeira paz, a devoção que demonstrou a Nossa Senhora, o apelo claro à paz e à missão. Depois destes dias de Sede Vacante, foi um conforto para o coração voltar a ouvir Pedro.
Amei o Papa assim que saiu fumo branco, mesmo antes de saber quem era. Como ensinava São João Bosco aos seus alunos: gritamos "viva o Papa", seja quem for o Papa. Mas o que vi e ouvi da varanda de São Pedro confortou-me e animou-me.
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