Morreu o Papa Francisco. Não tenho jeito, nem a pretensão, de fazer qualquer análise sobre o seu pontificado, para esse peditório já há gente a mais. Alguns bem informados e capazes, muitos que se ficarão pela rama e dirão disparates. Não me parece que tenha capacidade para fazer partes dos primeiros, por isso evito-me juntar aos segundos.
Mas impressiona-me muito que o Santo Padre, após o sofrimento que passou nesta Quaresma, morra na Segunda-Feira de Páscoa. À cabeça vem-me a frase de Nosso Senhor, «Desejei ardentemente comer convosco esta Páscoa antes de morrer.» (Lc., 21, 15). Com a sua doença e morte, de forma misteriosa, o Papa Francisco associou-se à Páscoa.Guarda com comoção a chegada do Papa Francisco à nunciatura em Lisboa, no dia em que aterrou em Portugal. Lembro-me como, apesar do evidente cansaço, veio até junto daqueles que lá estávamos, para saudar e abençoar.
Agora segue-se um tempo misterioso, onde a Sé de Pedro está vazia. Muitos irão falar do Papa Francisco, mas falarão mais da sua ideia do Santo Padre, do que realmente do seu pontificado. Não irão faltar as análises, as intrigas sobre quem deverá ser o próximo Papa, com análises profundas, questões políticas, apostas. Tudo na ânsia de tentar descobrir aquilo que só o Espírito Santo conhece.
Peço para mim a graça de não cair nessa tentação. Sobre o Papa Francisco, peço ao Bom Deus que o receba na Sua Glória. Sobre o próximo Papa, rezo para que os senhores cardeais abram o seu coração ao Espírito Santo e escolham para a Cátedra Pedro quem o Senhor deseja.
Rezo sobretudo para que o Bom Deus me livre de ter opiniões sobre quem deve ser o próximo Papa. Para não esperar um pastor à minha medida, que caiba nas minhas limitações, na minha visão do mundo e da Igreja. Rezo para que Deus, mande à Sua Igreja o pastor que Ele deseja, e que a mim conceda a abertura de coração de amar o Papa, seja ele quem for.
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