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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Covid-19: Quando a ideologia mata.


O mais assustador nesta (ou em qualquer) pandemia, é a sua inevitabilidade. Sem vacina, poderemos fazer mais ou menos para evitar o seu crescimento, mas ravar a pandemia está bastante para além das nossas capacidades.

Claro que há medidas preventivas que podem impedir os contágios. Diminuir os contactos, o uso de máscara, desinfectar as mãos, etc, são medidas razoáveis. Mas a verdade é que nunca será possível reduzir de tal formas os contactos que se possa controlar a pandemia. O preço a pagar por um confinamento total, como alguns têm defendido, não só é demasiado elevado (infelizmente, não é apenas a Covid-19 que mata), como provavelmente não obteria o resultado pretendido.

Uma pandemia é o que é, desde o principio dos tempos. O homem tem pouco controlo sobre isso. Contudo, o que é possível controlar é a resposta que damos à pandemia. E aí é que o falhanço, em Portugal, tem sido total.

O problema não são as pessoas, que têm que trabalhar, que têm filhos, que têm de fazer compras e que têm que têm de acompanhar a família. O problema é a falta total de preparação das autoridades para responder a um acontecimento que era expectável.

Se em Março a falta de preparação era desculpável, passado 10 meses é incompreensível. A falta de meios no SNS continua a ser assustadora. E não é que estas lacunas fossem desconhecidas. Já anteriormente tinha acontecido, em épocas de gripe, os hospitais quase colapsarem. Seria expectável que o mesmo acontecesse numa nova vaga desta pandemia.

Mas o mais escandaloso, é perceber que, mesmo sabendo das limitações do SNS, mesmo sabendo que os hospitais públicos estão próximos da ruptura, mesmo sabendo que há doentes a morrer de outras doenças por falta de resposta, mesmo sabendo que neste momento os médicos já têm que escolher de entre os doentes de Covid quais tratam primeiro, o Governo continue a não aproveitar todos os recursos que há para combater esta crise.

A cegueira ideológica do Governo é tal que continua a recusar-se a incluir os hospitais privados no combate a actual crise. Seja a receber doentes com outras patologias à quais o SNS não consegue dar resposta, quer seja a receber doentes Covid.

Qualquer pessoas normal, diante daquilo que temos vivido neste dias, diria que se devia aproveitar todos os recursos do país. Sobretudo, quando há pessoas a morrer por falta de resposta. Mas para o nosso Governo, e para a esquerda, o importante é mesmo “defender” o SNS (mesmo que isso signifique rebentar com o mesmo).

A esquerda afirmar muitas vezes que os privados lucram com a saúde das pessoas. Pelos vistos a esquerda prefere a morte das pessoas só para dar prejuízo aos privados!

Parte da situação que vivemos é culpa da impreparação do Governo. Mas não nos esqueçamos que não é apenas incompetência. Há uma decisão ideológica da esquerda de não incluir os Hospitais privados no combate à pandemia. E essas decisão ideológica custa vidas.

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