A Europa tem um problema com o Islão. O terrorismo que ciclicamente assola o continente é apenas a face visível desse problema. Há um problema mais profundo, que muitos teimam em ignorar: em muitas cidades o crescimento das comunidades islâmicas levou à criação de enclaves onde o Estado não entra e as leis são ditadas pela comunidade. Estes enclaves são viveiros para o extremismos islâmico.
A continua tentativa de, em nome da tolerância, ignorar este problema têm tido consequências desastrosas. É evidente que existem milhões de muçulmanos na Europa que vivem integrados. Aliás, Portugal é um bom exemplo disso. Mas esse facto não nos pode levar a fechar os olhos para o crescimento de comunidades que procuram impor a toda a sociedade, pela força se preciso, a sua visão religiosa.
Insistir na ideia de que não há um problema islâmico é maus para todos, incluindo para os tais milhões de muçulmanos que só querem viver em paz e que em nome do politicamente correcto acabarão sujeitos aos extremistas de que não gostam e de quem muitos fugiram.
Este problema precisa de uma resposta política forte e determinada. É preciso não ter medo de impor a lei. É preciso combater os radicais, sem vergonha e sem pedir desculpa. É preciso assumir que a política migratória está a falhar. Sobretudo, é preciso de uma vez por todas enfrentar o problema dos migrantes: a política de pescar os que se pode no Mediterrâneo, chorar lágrimas de crocodilo pelos que lá morrem, e depois ir despejando os sobreviventes por essa Europa fora, não funciona. A Europa tem que combater as redes de tráfico, tem que resolver o problema da Líbia de uma vez por toda, e criar politicas internacionais que permitam aos migrantes não ter que abandonar os seus países. A falsa misericórdia de acolher sem critério qualquer pessoa que consiga atravessar o Mediterrâneo só traz mais mortes, mais miséria e em última instância, mais extremismo. O bonismo de chorar as mortes no Mediterrâneo ao mesmo tempo que nada se faz para resolver o problema, pode satisfazer a consciência ocidental, mas não evita os cadáveres no fundo do mar.
Contudo, podemos tomar todas as medidas necessárias contra a imposição de um islamismo radical na Europa. Podemos fechar as fronteiras, encerrar as mesquitas radicais, perseguir até ao fim todos os imãs extremistas e prender todos os terroristas, que nada disso impediria a decadência da Europa. O extremismo islâmico veio apenas preencher um vazio que existe no continente. O Islão não é o problema, será quanto muito um sintoma da decadência europeia.
A Europa não é verdadeiramente um continente, é apenas o nariz da Ásia. Os Urais não são uma fronteira geográfica, são uma fronteira cultural. O que une a Escandinávia ao estreito de Messina, Moscovo ao cabo de São Vicente é o cristianismo. A Europa é o cristianismo ou é nada. Evidentemente que a cultura europeia teve muitas outras influências: Grécia, Roma, os bárbaros e até o Islão. Mas todas essas influências foram incorporadas pelo cristianismo, e foi pelo cristianismo que se tornaram comuns a toda a Europa.
Ao abandonar o cristianismo a Europa abandonou-se a si mesma. Renegou a sua história e a sua cultura. Sem o cristianismo não há Europa, há apenas um conjunto de países com pouco mais em comum que a proximidade geográfica.
Não vale a pena falar da cultura europeia, proclamar a defesa da herança europeia, se depois ninguém está disposto a reclamar a herança.
Não se trata de discursos vagos sobre valores. O cristianismo não é um conjunto de valores, que se podem colocar num museu. Não vale a pena falar de Igrejas derrubadas e de Mesquitas construidas, se depois as Igrejas continuam vazias.
O cristianismo não é uma arma de arremesso político. É uma Fé. E se não há Fé, então não há valores que valham. Os valores cristãos sem a Fé, são como uma árvore bela e imponente, mas cujas as raízes secaram. Está condenada a cair, apesar de toda a imponência.
Como dizia ao principio, é sem dúvida importante resolver o problema político do Islão na Europa. Mas a Europa tem um problema mais grave, que é um problema cultural. E esse problema não tem qualquer relação com o Islão. O problema não é os muçulmanos terem muitos filho e educarem-nos na sua religião. O problema é os cristão terem desistido de o fazer.
Por isso problema essencial da Europa não é resolver a questão politica. É mesmo um problema cultural: sem cristãos não há Europa. Por isso quem realmente ama a Europa, a sua história e a sua cultura, só tem um caminho: o cristianismo. Sem Cristo, podemos resolver todos os problemas políticos que quisermos que estaremos apenas a prolongar a lenta, mas inexorável, agonia da Europa.
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