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domingo, 14 de setembro de 2008

Vida de cão.


Cada vez que aparece em qualquer jornal uma noticia sobre uma corrida de toiros é garantido que de seguida haverá uma chorrilho de vozes indignadas. Então se for num jornal on-line, com direito a comentários, é uma festa. Todos dizem que deviam era trocar o toiro com quem o lida e que os aficionados deviam ser presos ou até mesmo torturados e mortos no fim, para aprenderem a não tocar nos pobres animais.


Ser-se contra os toiros faz parte do civismo moderno. Esse mesmo civismo que baniu o fumo dos cafés e que se escandaliza diante dos sacrifícios em Fátima.

Hoje em dia uma pessoa para ser civilizada tem que, por um lado, ser a favor do aborto (são só células), a favor da eutanásia (por uma morte digna), a favor da liberalização das drogas leves (um charro ajuda a fugir dos problemas), a favor do sexo sem restrições (experimenta a tua sexualidade), a favor do casamento das pessoas do mesmo sexo (as pessoas têm o direito a ser felizes).

Por outro lado têm que ser contra a caça, contra os toiros de morte , contra as corridas de toiros em geral, contra os casacos de pele, contra o abate de espécies em vias de extinção que ameaçam a subsistência das populações (como por exemplo os javalis que arrasam campos cultivados), etc.

O homem hoje é suposto ser apenas um par dos animais. A minha geração, que já não acredita em Deus a não ser no criado a sua imagem e semelhança, já não vê o homem como senhor da criação, mas como uma espécie que se desenvolveu mais em certos aspectos. Por isso indigna-se com a morte de um toiro do mesmo modo efusivo com que se manifesta pela possibilidade de matar uma criança na barriga da mãe.

Ou seja, no nosso mundo, o homem foi reduzido a um mero animal enquanto o animal foi elevado ao estatuto de humano. Por este andar, daqui a uns anos compensará ter uma vida e cão...

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