Hoje vi na televisão o Secretário-Geral do Partido Comunista a festejar a Revolução de Outubro. Segundo Jerónimo de Sousa os operários "tocaram o céu".
Percebe-se que uma pessoa seja Comunista. Está um pouco desactualizada, deixa-se levar pela imagem romatizada de Che, esquece o Estaline, pensa nos médicos Cubanos, canta o Grândola e pronto. Claro que isto não é própriamente um comunista, mas já dá direito a ser militante do PC.
O que eu não percebo é que alguém olhe para a Revolução de Outubro e para todas as barbaridade que lhe sucederam e ainda a festeje. Não percebo como é que se pode apoiar as perseguições políticas e religiosas, os roubos, as deportações e as chacinas que se seguiram à tomada do poder pelos bolcheviques. Não percebo como se pode admirar Lenine e Estaline.
Festejar a Revolução de Outubro é um atentado à memória dos milhões (e é mesmo milhões que eu quis dizer, não é um exagero) de mortos pelo regime que essa revolução instaurou e que só viria a cair 80 anos mais tarde. Festejar a Revolução de Outubro; é festejar o assassínio bárbaro da família imperial; é festejar a perseguição cerrada aos "burgueses", aos "capitalistas", aos religioso; é festejar a ocupação do leste da europa, é festejar a China de Mao, a Albânia de Hoxha, o Camboja de Pot e a Cuba de Castro; é festejar a miséria de um povo que gerou a miséria de muitos outros.
Para se ser do PC só é preciso ser-se ideológico. Para se ser verdadeiramente comunista é preciso ser-se cruel.
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