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sábado, 27 de julho de 2024

JO: Um culto a uma nova religião



1. A Liberdade de Religião é um Direito Fundamental e não é apenas um direito passivo, a rezar em paz. É também o Direito a que a sua Fé seja respeitada, que aquilo que se tem como mais querido não seja parodiado para deleite de quem odeia a Fé alheia.
Eu não peço que todos compreendam a sacralidade da Última Ceia. Aquele momento único na História onde, pela bênção do pão e do vinho, Deus se ofereceu carnalmente aos homens. Mas tenho direito a que respeitem esse momento.
A Liberdade de Expressão tem limites e o ataque à minha liberdade de praticar a minha Fé sem ser alvo de escárnio é um desses limites.
2. O historiador inglês Tom Holland, no seu podcast The Rest is History, definia as guerras culturais como disputa teológicas onde um dos lados não reconhece como tal.
Ontem em Paria ficou evidente que a cultura woke é de facto religiosa. É um culto que se quer impor por oposição ao cristianismo. Ao culto da beleza como sinal de Deus, impõe o culto da fealdade. Ao culto da natureza humana como criatura de Deus, impõe o culto do homem criado à sua própria imagem e semelhança. Ao culto pela sacralidade da vida humana, impõe o festejo pelos “santos” da cultura da morte.
Quando olhamos para o caos que reina na Europa, sobretudo em França, temos tendência a falar de uma guerra de culturas entre a Europa e o Islão. Mas é falso, a guerra é uma guerra civil: a Europa entrou em luta consigo mesma, procurando substituir a sua herança cristã por uma outra fé, baseada no ódio ao cristianismo.
É nas ruínas desta guerra que o extremismo islâmico e o populismo vão crescendo. Perante esta nova religião que adora o feio e o grotesco, florescem propostas que, ainda que de forma deturpada, parecem propor algum ideal mais de acordo ao coração humano.
3. A paródia da Última Ceia ontem realizada em Paris é ofensiva, mas é sobretudo preocupante. Não para os cristãos (“Bem Aventurados sereis quando vos injuriarem, será grande no Céu a vossa recompensa”) mas para a Europa. O nosso continente parece um jovem que saído da casa dos pais se preocupa em desperdiçar e destruir toda a sua herança para provar que é agora é senhor de si mesmo. Pelo caminho outros vão ficando com o que era seu, até que este acabe na miséria. Foi isso que o mundo ontem aplaudiu entusiasticamente em Paris