Esta divisão simplificada, entre bons e maus, foi campo fértil para o aparecimento dos populismos, que se aproveitam da frustração da parte da população que não se reconhece neste discurso “politicamente correcto” para tentar alcançar o poder. Os populismos que temos visto crescer, em geral, são um aproveitamento de vários movimentos sociais contra a imposição, por parte de uma certa elite, de uma agenda cultural.
Mas não foram apenas os movimentos populista que cresceram nesta guerra cultural. A tentativa de imposição desta nova agenda fez nascer também movimentos cívicos, muitas vezes inspirados por cristãos, que se têm oposto à imposição da cultura da morte e do descarte. E a verdade é que parte destes movimentos foi utilizada pelos políticos populistas como plataforma para ter sucesso. Veja-se o exemplo de Trump e de Bolsonaro.
Hoje os movimentos de defesa da vida e da família correm o risco de, ao apoiar movimentos populistas, na procura de aliados para a sua causa, hipotecarem essas causas a políticos e a partidos que tem uma agenda mais vasta, e para quem estes temas são apenas meios para alargar a sua força.
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