Um dos temas
recorrentes para os pais católicos é as crianças na missa. Mais especificamente,
como conseguir que as crianças se interessem pela missa, que no fundo expressa
a preocupação de como conseguir que os nossos filhos se interessem pela Fé.
Conforme os
meus filhos vão crescendo e me vão surpreendendo com a sua piedade, convenço-me
que esta minha preocupação é uma pretensão. No fundo, eu acho que tenho alguma
coisa a acrescentar à missa e será essa minha ideia que há de a tornar atrativa
para os meus filhos.
A experiência
mostra-me que não há nada que eu, ou outra pessoa já agora, possa acrescentar
que torne a missa mais interessante para os miúdos. As músicas irão sempre ser
menos divertidas que as do Pando, os teatros menos interessantes que os da
escola e dá muito mais jeito desenhar em casa que no banco da Igreja.
Se há uma coisa
que a experiência me ensinou é que a única coisa interessante na missa é
Cristo. A única coisa que realmente atrai na missa, que de resto é a única
coisa que interessa na Fé, é que Deus se fez homem, nasceu nas palhinhas, pregou,
fez milagres, foi preso, torturado e humilhado, morreu na Cruz, ressuscitou e faz-se
presente misteriosamente nesta companhia que é a Igreja e carnalmente na Eucaristia.
E este facto, que é aquilo que a mim me atrai na Igreja, é o mesmo facto que
atrai os meus filhos. E até os atrai mais, porque têm um coração mais puro do
que o meu.
Por isso a
única coisa que preciso de fazer é ajudar os meus filhos a estarem atentos na
missa, ensinar-lhe as orações com que eu mesmo fui educado, falar-lhes das Escrituras.
Sobretudo, preciso eu próprio de viver a sério a Fé. E assim, pela graça de
Deus, eles vão crescendo em Fé e Piedade. Repetindo os gestos que nos vêm fazer,
repetindo as orações que rezam connosco, vivendo a Fé que nós vivemos. E como
em todas as relações de amor, também a relação entre eles e Jesus irá crescendo
e amadurecendo, tal como nos aconteceu a nós.
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