quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Mário Machado, Isabel do Carmo, Otelo Saraiva de Carvalho: extremistas maus e extremistas bons.



A mim pouco me incomoda quem é que a TVI convida para o seu programa da manhã. Cada vez vejo menos televisão e seguramente não tenciono ver os programas matutinos. Manuel Luís Goucha convidar Mário Machado ou a senhora que vende tremoços na praça é me absolutamente igual. O programa é feito para ter audiências e quem o produz faz o que achar melhor para ter sucesso.

Já apresentar um homem condenado por agressões, raptos e torturas, um homem que defende publicamente a violência e o ódio como armas políticas, um homem que continua envolvido no mundo do crime e da violência, como um político com ideias um pouco extremas incomoda-me muitíssimo. Incomoda-me porque é mentira. Líder político com ideias extremas é André Ventura. Mário Machado é um criminoso cuja carreira política se confunde com a carreira criminosa. Não vejo problema que ele fale na televisão, tenho um enorme problema de o ver bem vestido e arranjado no programa da manhã da TVI a falar como se fosse um qualquer famoso com ideias extravagantes. Porque isso é enganar o público. A senhora velhinha que vê atentamente o programa do Goucha, que nunca ouviu falar de Mário Machado, que não faz ideia que ele tenho estado envolvido no espancamento de vários negros e na morte de Alcino Monteiro, que não sonha que ele foi condenado por raptar e tortura uma pessoa com um serrote e cera a escaldar, olha para aquele homem bem vestido ali a falar sobre segurança, respeito e outras charlatanices e até o acha bom rapaz. 

Evidentemente que a reacção da esquerda, a pedir a intervenção do Estado e da justiça para silenciar Mário Machado é absurda. Para a esquerda uma pessoa tem liberdade para mudar de sexo, para se drogar, para se matar, só não tem liberdade para dizer estupideces (ou melhor, para dizer estupideces diferentes das da esquerda). A verdade é que a esquerda não lida bem com a democracia. Para a esquerda a liberdade de expressão e de pensamento está-lhes reservada. Tudo o resto é fascismo que deve ser ilegalizado e punido pelo Estado.

Este caso revela também uma grande diferença entre a direita e a esquerda. Foi possível ver e ouvir claramente o repúdio da direita para com Mário Machado. Mesmo aqueles que defenderam a TVI deixaram claro o repúdio que o líder da Nova Ordem Social lhes merece. Ao contrário da esquerda que parece incapaz de repudiar os seus terroristas e não se importa de branquear os crimes dos seus extremistas.

Ouvi a belíssima intervenção de Daniel Oliveira sobre Mário Machado, onde descreveu os crimes dos quais ele foi condenado. Mas gostaria de também de o ouvir descrever os crimes de Isabel do Carmo da próxima vez que ela for entrevistada. Li um bom artigo do Rui Tavares sobre como se dava mais publicidade a Mário Machado do que a Alcino Monteiro, e de como se deviam sentir os pais da vítima. Mas gostaria também de o ler sobre Gaspar Castelo Branco, morto pelas F-25 à porta de casa, da próxima vez que houver uma aparição pública de Otelo Saraiva de Carvalho, de como se devem sentir a mulher e os filhos da vítima de cada vez que ouvem o assassino do seu marido e pai a ser cortejado pela comunicação social. Que a esquerda em geral condenasse com a mesma força com que condenou a aparição de Mário Machado a aparição de todos os terroristas de esquerda, cujas vítimas continuam esquecidas e cujos crimes foram branqueados. É que Mário Machado é um pária, que esteve já preso dez anos. Otelo, Isabel do Carmo, Luis Gobern, Camilo Mortágua, entre outros, continuam a ser festejados e aplaudidos, apesar dos crimes dos quais nunca se arrependeram. 

A liberdade de expressão e de pensamento é essencial na democracia. Mário Machado, Otelo Saraiva de Carvalho, Isabel do Carmo e outros que mancharam de sangue a sua carreira política não deixaram de ter estes direitos. Se a TVI os quiser convidar para os seus programas pode fazê-lo. Mas era importante que, sob o manto da liberdade não se escondesse também a verdade. Porque a Democracia exige liberdade mas também não vive sem a verdade.

1 comentário:

  1. Esqueceu-se de referir que os maiores criminosos da História de Portugal, foram MSoares e ACunhal, pois com a vergonhosa descolonização provocaram guerras civis em Angola, Moçambiquee, Guiné e Timor, nas quais morreram mais de 3 milhões de pessooas e mais de 10 milhões ficaram estropiadas ou numa total miséria, pois perderaam tudo. Ou não conhecem a Verdade da descolonização e sua premeditada entrega ao comunismo? Quanto ao fomentar de violência, esqueceu-se de referir aqueles que a fomentam pela calada, pelo amordaçar das forças de segurança..., ou quem é o responsável pelo aumento de violência social, não só o aborto, mas também a violência nas escolas, na família..., em todo o lado?

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